Em...Almada, ainda no âmbito da Requalificação Urbana as surpresas sucedem-se pela negativa.
Na R. Conceiçao Sameiro Antunes, Cova da Piedade, foram montadas duas ratoeiras aos automobilistas, que ficam sujeitos a danificar as suas viaturas.
É visivel nas fotos o desgaste das pedras da calçada e a perda de óleo do motor, por batida do "carter" dos carros.
Em Almada é assim: paga-se imposto de circulação ( receita municipal ) e fica-se sujeito a sofrer danos nas viaturas, mesmo que se abrande a velocidade a passo de caracol, dada a incorreção da construção destas lombas.
Estando as lombas incorrectamente construídas e inseridas, os automobilistas têm todo o direito de pedir indemnização à Câmara pelos danos, ou não terão?
(clique nas fotos para aumentar)
Curiosamente, há cerca de 9 anos a Srª Presidente da CMA, foi questionada, numa reunião de Câmara por um munícipe, para colocar lombas na Av. Bento Gonçalves, antes da única passagem de peões sem semáforos aí existente, para moderar a velocidade e evitar acidentes frequentes no local, de consequências graves para automobilistas e peões, inclusive acidentes mortais.
Resposta da Srª Presidente: Não, porque perturbava a circulação automóvel, era danoso para as próprias viaturas e a Câmara já fizera tudo o que tinha a fazer.
O problema dos excessos de velocidade era com a Polícia, segundo afirmou.
Mudam-se os tempos, mudam-se os quereres da Srª Presidente e os munícipes que se adaptem aos seus humores e à sua demagogia de ocasião.
10 comentários:
Também já tinha reparado nesse pormenor dessas lombas. Aliás, até assisti a uma batida, embora aparentemente sem consequências (porque o condutor ia mesmo muito devagar).
Custa-me a compreender como é possível acontecerem situações destas. Será que os técnicos programaram mal ou os operários falharam na execução? E, afinal, onde pára a fiscalização?
Claro que os condutores lesados têm direito a pedir indemnização à Câmara (mesmo que a estrada tenha sido construída por um empreiteiro qualquer, a autarquia é a "dona da obra" e ao ter aceite a dita sem contestar e mandar reparar a falha é, portanto, a responsável pelos acidentes que tenham como causa aquele defeito).
Mas para que possam ser indemnizados, têm de chamar a polícia para tomar conta da ocorrência e lavrar o respectivo auto. Sem esse documento nada feito.
Espero que os eventuais lesados não deixem de reclamar os seus direitos, apesar da morosidade do processo e das chatices que acaba sempre por dar.
E, já agora, parabéns pela oportunidade do tema. Há que estar atentos e alertar para estes casos. Porque "água mole em pedra dura tanto dá até que fura" e um dia destes conseguiremos, finalmente, que as coisas mudem.
Um resto de bom fim-de-semana.
minda : certamente há alguém na CMA que já viu a asneirada, só é incompreensível porque ainda não alteraram a situação e preferem alterar e mesmo prejudicar a vida às pessoas, ou será que tal facto fará parte da estratégia fundamentalista da CMA contra os proprietários de automóveis?
Retribuo o bom fim de semana.
Muda-se muita coisa...
Será que se trata de um incentivo à não utilização das viaturas particulares ou à sua diminuição?
(Gargalhada para descomprimir)
Acessibilidades 21, um plano maquiavélico?
Já chega de impotência governamental!!!
Já chega de incompetência!!!
Depois venham chamar nomes a quem diz as verdades. Venham venham.
Caros Minda, EMALMADA e Hannibal,
Espero poder contribuir com umas ideias. Como (e muito bem) observou o(a) caro(a) Minda, a 'batida' ocorreu com o condutor a ir 'muito devagar'! Ora esse é realmente o objectivo: diminuir a velocidade de tráfego para dar mais segurança ao peão, que é quem efectivamente necessita de prioridade na cidade! Infelizmente, o que acontece (ao contrário ainda de alguns países europeus) é que só com medidas de acalmia mais 'agressivas' se consegue de imediato essa segurança, actuando estas como medida de carácetr pedagógico de médio prazo, por habituação.
Refiro que no centro da Europa (França, Austria, Bélgica, Alemanha, etc) existem locais onde as medidas de acalmia se traduzem em calotes esféricas no pavimento com cerca de 20cm de altura e que obrigam os condutores a transpô-las a uma velocidade reduzidíssima. Mas as soluções de vanguarda são muitas vezes incompreendidas...
Uma opinião: se se respeitar o limite máximo de velocidade permitidos (50km/h) só a dormir é que não é possível evitar a colisão com outro veículo que, mesmo que de forma brusca, reduz velocidade devido a um obstáculo (seja uma lomba, um peão, um cão ou mesmo outro veículo)...
Nesta cidade de Almada a Cãmara monopolizou a pedagogia. Os autarcas por via do voto viraram pedagogos, uma originalidade : "fui eleito , logo sou pedagogo, tenho de fazer pedagogia.Os que estão pela minha frente têm de compreender que eu tenho sempre razão"!
Em outros países há de facto medidas tendentes a reduzir o trânsito no centro das cidades e centros históricos, mas são medidas racionais, lógicas, compreensiveis e não penalizantes para os cidadãos.
Citámos já neste blog um exemplo : Bruges(Bélgica). Vão até lá aprender e talvez aí vejam o que deve ser feito para servir os munícipes, a cidade e o comércio local.
Nunca vimos degraus construídos nas vias de circulação como o que estão a fazer na Sameiro Antunes, aqui é de uma pura irracionalidade.
Também nunca vimos espaços canal no centro das cidades, com postes inestéticos colocados no eixo das vias e tudo que se vê de desagradável em Almada.
Em Almada tudo o que os autarcas fazem é bem feito.Só virtudes e virtualidades são suas qualidades. Não há pachorra para aturar esta insensata pedagogia, onde o cidadão é sempre reduzido a aprendiz dos eleitos.
Que mania!
Caríssimo leon
Estou quase de acordo consigo.
E, para que o meu amigo me convença na totalidade, explique-me, por favor, a razão pela qual já há espaços desses sem pedras. Mesmo que se ande devagar, o facto do pópó passar por cima desses buracos não será prejudicial?
A sua intervenção é boa. Todas fossem assim. Mas repare, se não se importa, se há ou não razão nestas observações.
Cumprimentos.
Ainda sobre a velocidade a que a maioria dos condutores andam no interior dos centros urbanos (mas não só - existem exageros ainda mais graves fora deles e, infelizmente, de consequências muitíssimo piores), tenho a dizer que concordo com o que o Leon afirma.
Mas o que eu escrevi não o contradiz, ao contrário da ideia que, parece, ele terá percebido.
Aquele "acidente" a que assisti aconteceu porque o piso não está correctamente configurado... para diminuir a velocidade em áreas nevrálgicas das cidades (onde o atravessamento pelos peões é mais regular) e garantir a segurança rodoviária o efeito pretendido pode conseguir-se com uma sucessão de 3/4 lombas consecutivas, menos elevadas e sem um remate tão desnivelado.
O que eu salientei no meu comentário anterior foi apenas o facto de, provado que fosse a causa/efeito do acidente (por isso frisei que era fundamental haver o auto da polícia que teria de analisar, nomeadamente, a questão a velocidade), o automobilista lesado teria direito a ser ressarcido dos prejuízos havidos.
Caro EMALMADA,
Parece estar a confundir questões de nível diferente, o que não ajuda claramente à construção de uma ideia correcta sobre estas questões. Há que desmontar o que disse: não devemos confundir estratégia com intervenção. Entendo que há uma estratégia de fundo que tem a ver com a mobilidade e a ligação intraconcelhia, e que essa estratégia se concretizou num instrumento que é bastante interessante e que é o Plano de Mobilidade. Este Plano de Mobilidade define um conjunto de intervenções concretas (essas sim intervenções...) de forma coordenada e complementar mas subjancente a essa estratégia - que tem em conta o Metro, as necessárias alterações rodoviárias na cidade, a criação de um sistema de ligações pedonais e a definição de um conjunto de orientações para os necessários ajustamentos aos transportes colectivos. É um documento muito interessante. Mas que tem obviamente um momento de materialização. Com obras. Com constrangimentos para os almadenses no decurso dessas obras. Como, afinal, acontece em qualquer obra. Torna-se importante, isso sim, é encontrar os mecanismos de minimização desses transtornos.
É esta a questão estratégica. E a questão do modo de implementação dessa estratégia. A questão fundamental aqui é manter os argumentos no nível a que pertencem. Podemos concordar ou não. Eu concordo! O caro EMALMADA não. Está no seu direito. Mas deve exercer esse direito com honestidade.
As questões que colocam, os caros EMALMADA, Hannibal e Minda, parecem remeter para um nível mais técnico, decerto estudado com detalhe, mas mais visível e discutido: todos achamos alguma coisa sobre o passeio 'a' ou a passadeira 'b'. É normal. Não devemos é fazer disso (é importante que cada um de nós 'fiscalize' e exija de quem faz a obra a alta qualidade que, afinal, é o minimo aceitável.
Como devem ter percebido, perdi algures um excerto do que escrevi! Aqui fica, agora correctamente o último parágrafo:
As questões que colocam, os caros EMALMADA, Hannibal e Minda, parecem remeter para um nível mais técnico, decerto estudado com detalhe, mas mais visível e discutido: todos achamos alguma coisa sobre o passeio 'a' ou a passadeira 'b'. É normal. Não devemos é fazer disso (é importante que cada um de nós 'fiscalize' e exija de quem faz a obra a alta qualidade que, afinal, é o minimo aceitável) o meio de 'crítica' à estratégia - é mais fácil mas é incoerente.
Continuando, relativamente às fotografias em questão, e devolvendo as observações dos caros EMALMADA, Hannibal e Minda, posso dar (apenas) uma opinião: O exemplo da Av. Rainha D. Leonor - lá passava várias vezes a pé, cruzando e atravessando as várias ruas e cruzamentos. Experimentei depois das obras. A diferença foi abismal - a sensação de segurança a atravessar nas chamadas 'continuidades de passeio' sabendo que os veículos é que tem de ter cuidado para subir e que além disso não há obstáculos (subir e descer passeios, procurar melhores sítios para atravessar...) de um passeio para o outro não tem qualquer comparação! Para não falar das ilhas de espera no meio das faixas de rodagem - nitidamente os automobilistas reduzem a velocidade no estreitamento a eixo da via. E não tenho 70 anos, ou sequer 7. Também aqui me parece de grande vantagem. A questão que me parece essencial é esta: a dificuldade de deslocação está nos peões - os veicúlos sobem e descem a maior ou menos velocidade qualquer obstáculo e quem está la dentro - ao volante ou não, necessita é de atender às necessidades de quem usa a cidade de modo próprio.
Quanto às obras, obviamente que entendo as dúvidas que coloca o caro EMALMADA. Julgo isto: a obra está mal feita? Degradou-se rapidamente depois de executada? É necessário reclamar. Mas a questão é a quem. A minha opinião: Reclame-se na Concessionária e reclame-se na Cãmara. Na Concessionária, porque é ela que executa a obra, é ela que deve responder pela forma como aplica o dinheiro de todos para fazer uma obra que está obrigados a executar correctamente (esta ideia que as obras têm de ter problemas e derrapagens financeiras é peregrina, mas parece infelizmente enraizada na mente da maioria). Também na Câmara - asseguramos que essa reclamação é atendida ou ponderada - porque a CMA tem estado a acompanhar o processo (acho inadmissível como é a CMA a única que tem promovido esclarecimentos e informações, enquanto que da parte da Concessionária - os autores da obra - nada se sabe) e porque conseguirá fazer chegar essas reclamações junto da Concessionária ou mesmo a outras instâncias - com mais eficácia, atendendo à legitimidade da representação popular.
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