quarta-feira, dezembro 17, 2008

Mobilidade para Quem?

Em...Almada, a Câmara Municipal está muito preocupada com a eliminação de barreiras arquitectónicas no espaço público, com a mobilidade dos cidadãos deficientes e idosos e da restante população.
Por isso o vereador "almadense" da Mobilidade deixou bem claras as preocupações do executivo na matéria e até disse ao semanário SEMMAIS Ed. 6 DEZ 2008 que "o município aprovou em 2002 o Plano de Mobilidade com vista a corrigir e a construir acessibilidades para deficientes".
Plano esse que afinal é um Plano de Imobilidade, face àquilo que a Câmara Municipal de Almada tem feito, criando cada vez mais dificuldades aos almadenses para se deslocarem quer a pé, quer em viaturas, sejam particulares ou de transporte público.
Clique sobre a imagem para aumentar e ler extracto da notícia do SEMMAIS
Entre muitas obras primas, realizadas e disseminadas ultimamente por Almada no âmbito da requalificação urbana aprovada pela CMA no seu Plano de Mobilidade Acessibilidades 21, encontrámos estas, um mimo, na zona da Ramalha:
1. Rua Abel Salazar, junto à paragem do comboio MST e ao "novo centro cívico" de betão aprovado pela câmara, no Pragal.
Tem o 1º Prémio do maior conjunto de escadas, rampas, gradeamentos e obstáculos por metro quadrado no espaço público.
A construção é recente ( 2007) e calça que nem uma luva nas palavras proferidas pelo vereador da "Mobilidade".
clique sobre as fotos para aumentar
2. Na mesma rua, pormenor das escadas pirâmide e rampa da foto anterior. 3. Na rua D. José de Alarcão junto também à estação do comboio-eléctrico designado MST um passeio impraticável, em que o acesso à garagem é melhor que as acessibilidades para peões. O vereador da "Mobilidade"continua a marcar pontos com as suas palavras. 4. Outra perspectiva parcial do conjunto arquitectónico, de escadas, rampas e gradeamentos, inserido na correcção e construção de acessibilidades para deficientes na perspectiva do vereador da "Mobilidade".
Almada a marcar pontos e a dar lições ao Mundo em matéria de acessibilidades e mobilidade para deficientes e idosos.
São locais a incluir no roteiro turístico da presidente da Câmara, destinado aos hóspedes dos 10 hotéis a construir e um reforço inegável do Plano (mais um) Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo, que a srª anunciou.
O prédio ao fundo na foto, construído depois de iniciadas as obras do comboio-eléctrico MST, ainda não tem residentes.
Será que não há cidadãos a querer ficar voluntariamente com o comboio-eléctrico à porta ou será por causa das "facilidades" do Plano de Mobilidade Acessibilidades 21 do vereador?
Almada um bom exemplo de adaptação dos seus espaços à realidade da população com deficiência?
A CMA a menos de um metro dos disparates em mobilidade e acessibilidades.

10 comentários:

Anónimo disse...

Não.
Aquilo não são polícias sinaleiros.
São polícias a tentar corrigir alguns dos muitos diaparates feitos pela MES em Almada.

Mas a polícia serve para isto?
Ela é que devia lá estar.

Ponto Verde disse...

Fantásticos exemplos de pura incompetência e falta de respeito por quem , na cidade , se movimenta com mais dificuldade.
A Ditadura da maioria minoritária é isto . quanto á ideologia que o suport fica o convite ao post de hoje do a-sul via blogue alhosvedrosao poder.

Anónimo disse...

O afundamento das ruas para meter o MST deu estes disparates,aprovados pela Câmara de Almada,mas concebidos (?) por técnicos e arquitectos paisagísticos.
Revelam a grande preocupação da câmara municipal com os cidadãos e a mobilidade em Almada.

Jornalistas não conhecem a realidade. Se conhecem e a omitem, noticiando tal e qual, o caso é grave e deixam transparecer que colaboram com as situações.

Anónimo disse...

Dizem que vão a por o transito na Capitão Leitão como estava antes,e eu me pergunto,ouve algum estudo economico a esta alteração, que vai pagar o prejuizo que tiveram os negocios que estão no centro de Almada, e a avenida vai a estar pedonal foi feito algum estudo tambem, porque está completamente deserta, tanto finalmente que não funcionou,quem vai ser responsavel de todo esta ruina para o comercio tradicional?

Anónimo disse...

Investiguem a razão pela qual esse prédio não está habitado, investiguem e vão ter uma bela surpresa. O assunto do MST vai ser menino de couro ao pé deste do prédio não habitado…Propriedade de uma alta individualidade da “nossa” cidade.
jsnm

Anónimo disse...

Bela sugestão deixada por este último anónimo.
Investigue-se.

Mas há mais coisas que precisam ser investigadas.

Anónimo disse...

Em Almada não funciona o jornalismo de investigação?

Ou não temos jornalistas (com um JOTA GRANDE), ou os que temos estão amordaçados pelo patronato através da publicidade paga, dos encartes...

As pistas são mais que muitas!
Porque não as investigam?

A propósito, quem paga o pópó que a CMA anuncia na TV como prémio a sortear entre os compradores que ainda restam para o comércio tradicional de Almada?

Se for a CMA como será contabilizada a despesa com a aquisição do dito?

Anónimo disse...

Quem sabe se, num futuro próximo, este prédio não será vendido "ao desbarato" para os escritórios da MTS...
Assim, os responsáveis desta empresa, até poderiam fazer um acompanhamento visual da circulação.
Pelo menos, viam passar os comboios, avaliavam o ruído (OUVINDO-O), e poderiam ainda contar os passageiros...
Aproveitem a ideia...
Em Almada, já outros edifícios de habitação foram comprados para "escritórios", pelo menos um para serviços autárquicos...

Anónimo disse...

O prédio não habitado/não vendido forma com as escadas, rampas,gradeamentos e inclinação da rua, um valioso conjunto urbano, fruto do Plano de mobilidade referido pelo Vereador...

Anónimo disse...

O plano de mobilidade só tem resultado em imobilidade. Onde quer que os brilhantes engenheiros de tráfego da CMA têm mexido só tem dado em merda. Vejam o cruzamento da Praça lopes Graça com a Av. 23 de Julho, no laranjeiro, vejam a rotunda do Largo 5 de Outubro, na Cova da Piedade, vejam a rotunda dos bombeiros voluntários, Cova da Piedade, vejam tudo isso entre as 18 e 20 horas dos dias de semana, para terem lições de imobilidade rodoviária e de como aumentar a poluição atmosférica e sonora.