

Aquilo que os ingénuos pensavam ser uma sessão de informação sobre o MST passou a uma operação de propaganda-defesa do Metro Sul do Tejo (MST) feita por um um jovem Professor da Divisão de Transportes e Energia do Instituto Superior Técnico, "convidado" para falar da Estratégia Local para as Alterações Climáticas , mas provavelmente pago a peso de ouro, pela CMA. Quanto...mas quanto custou?
Do metro pouco se falou e com já vem sendo usual, a nobre Mesa que preside não respondeu a perguntas incómodas.
Para além das já inócuas e melancólicas explicações do Ecalma e Vereador José Gonçalves, foi o Eng. Marco Aurélio o "servidor" para todas as respostas de conveniência às perguntas sobre o MST, embora só respondesse ou falasse do que lhe interessava, deixando os questionantes pendurados. Marco Aurélio vai desempenhando a sua "nobre missão" ou não seja ele o encarregado desta missão de meter o MST em Almada doa a quem doer e o "isco-piranha" arranjado à última hora para meter o metro nas ruas Lopes de Mendonça e José Justino Lopes e satisfazer a CMA.
Contudo começa-se a ver que Marco Aurélio já dá sinais de algum agastamento no seu papel. Já não é tão exuberante, nem se sente muito à vontade a navegar nestas coisas.
Que terá ocorrido?
-Começou a sentir a falta dos nobres elogios públicos à sua "meritória acção" por parte da Sr. Presidente da CMA e do Vereador Gonçalves?
-Já está cansado de ser o "isco-piranha" neste projecto para o Triângulo da Ramalha?
- Está a sentir-se utilizado demais diante do contrato de Encarregado da Equipa de Missão do MST e a ver-se já como produto descartável?
-Está a sentir que o seu prazo de validade nesta missão está a chegar ao fim?
-ou está a mostrar-se agastado para sair airosamente de pantufas, depois de já ter feito o trabalho encomendado?
De notar a presença, após mais de 3 anos de ausência, do Presidente da Concessionária Eng. José Luis Brandão. O Eng. Marco Aurélio já cansado de responder e de atirar farpas à Concessionária, perante o silêncio daquele, por anomalias no desenvolvimento da obra, às tantas passou-lhe a bola para ser ele a responder à assistência. José Luís Brandão que não gostou muito disso, tendo dito que não estava ali para responder a perguntas técnicas já que não era operacional, mas institucional e empurrou as respostas para Marco Aurélio. José Luís Brandão acabou por fazer uma intervenção divagante e inócua sobre o MST que teve o aplauso de seus subordinados presentes na sala. Foi um momento em que alguns dos cidadãos presentes sentiram que estavam a assistir a um "concerto" ou a uma peça de teatro ensaiada, talvez uma farsa, mal disfarçada.
O Fórum terminou com a habitual longa intervenção da Presidente que não prescindiu da sua lengalenga a metro em que falou muito de tudo menos do metro (MST).
Esta não é a Almada dos Almadenses!
Tais defensores estão apenas a tapar o Sol com uma peneira, para despenalizar a CMA de tão elevada despesa (com o MST) para os contribuintes. Esta CMA que se diz de esquerda e que acusa os sucessivos Governos PS ou PSD de serem de direita ou de praticarem políticas de direita, serve-se destes mesmos governos, para estes lhe pagarem a renovação de infra-estruturas, cujos custos deveria ser a própria Câmara a suportar. Tudo isto perante o silêncio dos governantes e da oposição local. Não gastando a CMA dinheiro em trabalhos que seriam da sua inteira responsabilidade, fica com verbas suficientes para dizer que tem boas contas, para queimar em fogos de artifícios, em marchas, em corsos carnavalescos, em espectáculos musicais e fazer acções de misericórdia e caridade junto daquilo que designa de “associativismo popular”. Muitas associações, clubes, grupos de teatro, sociedades recreativas, centros sociais, agrupamentos, grupos de amigos e outras organizações, vivem actualmente na dependência destes subsídios, dos quais muitas vezes provavelmente ninguém sabe como o dinheiro é gasto, quais os resultados práticos da sua “aplicação” e benefícios em termos sociais. Hoje já não há nem associativismo popular, nem cooperativismo. Assiste-se à existência de grupos de teatro e outros, colectividades, clubes, centros sociais e associações, que na maior parte das situações se constituem “ninhos” de apoiantes partidários e da CMA que é preciso manter, debaixo da cosmética verbal de associativismo popular, para garantir os votos em momento próprio. Chega-se mesmo a ver o controle total dos Corpos Sociais desses organismos por listas de simpatizantes e militantes afectos à força política que controla a CMA, incluindo nessas listas autarcas e funcionários da própria Câmara Municipal e Juntas de Freguesias.
Se fizermos uma leitura dos Boletins de Deliberações da Câmara Municipal de Almada, apercebemo-nos dos elevados montantes distribuídos e a quem. Resultados práticos desses “investimentos” ? Desconhecem-se uns. Outros revelam-se nos resultados das votações autárquicas. Mão amiga fez-nos chegar os Boletins de 4 Janeiro 2006 a 15 de Março de 2006, permitindo verificar que nesse período a CMA distribuiu cerca de 1.100.000 Euros em "acções de misericórdia" e ”apoios” a organismos do designado “associativismo popular”, a “grupos culturais” e de índole social.
Assim... à custa dos Governos de direita é possivel, a quem se diz de esquerda, fazer espectáculos de pura pirotecnia verbal.