domingo, fevereiro 01, 2009

Que Associativismo Popular ?

Em...Almada, o designado associativismo popular é gato escondido com rabo de fora, para apoio e sustentabilidade política da actual Câmara Municipal. Todas ou quase todas as colectividades vivem na dependência da Câmara. Isto é perigoso.
Não é associativismo nem cooperativismo. A necessária independência das colectividades e associações não existe.
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"Notícias de Almada" 30-01-09
Quando as colectividades através de actividades independentes (das forças políticas ou entidades politizadas) e das quotizações de seus associados, não conseguem a necessária sustentabilidade económica, caem numa perigosa dependência, aproveitada pelos poderes políticos para criarem e manterem uma base de apoio político-eleitoral através dos subsídios, disfarçados de benefício sócio-comunitário ou "associados" a Actividades de Enriquecimento Curriculares de Escolas.
Neste caso, as associações populares são o pão para a boca de forças políticas se manterem no poder.
Isto defrauda a democracia e o associativismo popular anda mascarado.
Inocentemente ou não as notícias são publicadas, passando aos cidadãos subliminarmente a bondade e boa vontade da CMA em ajudar os necessitados ou a colmatar insuficiências.
É preciso que as insuficiências e a dependência económica não se extingam. Caso contrário quebra-se a cadeia de "solidariedade mútua" e a vassalagem ao disfarçado poder discricionário.
Os dois casos da notícia acima são típicos dessa situação, em que as colectividades por "alugarem" suas dependências a Escolas (à Câmara), recebem da CMA uma verba, que não se sabe se não está inflaccionada para o valor das obras a efectuar ou se fica aquém das necessidades.
Num caso o subsídio até é inferior ao custo das beneficiações. Do outro nada é dito.
Quem fiscaliza efectivamente os custos das obras e os reais gastos dos subsídios?
Que leva uma colectividade a fazer despesa, para apoio a uma Escola?
Terá a colectividade tantos sócios contribuintes ou beneméritos para se substituir à CMA, que deveria dotar a Escola de instalações necessárias e condignas?
Não será essa cedência de instalações um pretexto e manobra de diversão para a sustentabilidade de células de apoio político, via subsídios camarários nas colectividades populares, tendo como contrapartida o voto futuro em eleições autárquicas?
É a pescadinha de rabo na boca.
Para isto correr bem é preciso ter gente de confiança à frente dos destinos das colectividades, mas isso é tratado antes colocando lá os "peões" certos.
Que "associativismo popular" e "cooperativismo" no concelho de Almada?

7 comentários:

Anónimo disse...

As associações e colectidades populares são "Fontes Cibernéticas" especiais para a Câmara de Almada, que é preciso manter em funcionamento.

Anónimo disse...

Há muito que a esmagadora maioria do associativismo está vendida aos desígnios da subsídio dependência.
E estes autarcas oportunos e oportunistas lá vão dando a mão, duma forma aparentemente inofensiva.
Na verdade, dão com uma mão e exigem com a outra.

Anónimo disse...

Faz parte do controlo PCP. Autarquias, associações de moradores, comissões de utentes, associativismo local.
É O POLVO!

Anónimo disse...

Na questão de subsidios os partidos da oposição vão a reboque da Câmara, com receio de ficarem mal vistos pelas colectividades caso coloquem reticências à atribuição dos subsídios.
È o medo ou medos instalados dentro dos partidos da oposição para exercerem as suas obrigações, quando nestas, estão implícitas críticas ao executivo municipal.

Ponto Verde disse...

A subsidocracia autárquica é algo de aterrador, seca o que não lhes interessa e raga, bem regado o que promove o regime instalado. Do CRP , ao CIRL, do Almada à SFUAP , do CR.Feijó ao Clube da Ramalha, dos Pastilhas ao Piedense ... isto dava um romance cheio de D.Quixotes e de personagens lugubres... então quando rebentou a moda dos Bingos... foi um fartar vilanagem.
Acima de tudo isto uma vénia à carolice que manteve e desenvolveu multiplas actividades e desportos amadores aos seus seccionistas, treinadores, atletas.

Anónimo disse...

Porque será que o Presidente da Assembleia Municipal não fiscaliza estas dádivas aos clubes e associações, como é sua obrigação?

A inspecção às contas do Município exige essa verificação... será que estão a dar tempo que o mandato se aproxime do fim para não haver conclusões?

Isto sim são verdadeiros artistas do calendário!

Anónimo disse...

E que dizer do Tribunal de Contas?