sábado, outubro 22, 2011

Defenda o quê?

Em...Almada, ardilosamente a presidente da Câmara quer é que os munícipes por via de agitação defendam a continuidade da hegemonia do PCP na Câmara Municipal e na Assembleia Municipal, e com isso também a ditadura comunista, que não respeita a democracia e vem arruinando este concelho há mais de três décadas.
É evidente que isto também só tem sido possível com a cumplicidade dos dois maiores partidos na oposição PS e PSD, a que se juntou ultimamente o BE.
clique no doc para aumentar e ler


Texto BM Out 2011
Tudo isto porque  a Reforma da Administração Local prevista no chamado Livro Verde, prevê a eliminação de 4 Freguesias no concelho , Cova da Piedade, Feijó, Pragal e Cacilhas, todas lideradas pelo PCP.
Com o seu desaparecimento e agregação a Almada, o PCP deixará de ter a maioria absoluta na Assembleia Municipal, (AM) que não consegue nas urnas pelo voto dos eleitores, mas sim pela presença automática dos seus presidentes de Junta de Freguesia (JF) na AM, actualmente em número de oito.
Ora desaparecendo aquelas JF, o PCP deixará de ter maioria na AM e com isso deixa de exercer a gestão catastrófica e ditatorial do concelho, a não ser que PS, PSD e BE lhe continuem a dar a mão.
Sendo isso um tiro certeiro na hegemonia antidemocrática do PCP em Almada, compreende-se por que a Presidente da Câmara estrebucha tanto com a diminuição do número de freguesias, misturando interesses dela, deles (comunistas ou pseudo comunistas) e do PCP, com interesses do concelho e das populações.
Desde quando é que os interesses das pessoas que actualmente estão na Câmara ou do PCP se podem misturar com  ou são coincidentes com os interesses dos munícipes e do concelho? 
Só cerca de 20% dos eleitores inscritos votam no PCP e mesmo assim o PCP consegue maioria absoluta para o executivo, não a conseguindo para a AM.
A tábua de salvação tem sido pois a presença dos 8 presidentes de Junta PCP na AM, onde têm direito a voto, desvirtuando o acto eleitoral para a Assembleia Municipal, onde têm sido mais representantes do PCP do que dos interesses dos seus fregueses.

Topam o que  Maria Emília de Sousa pretende veladamente quando apela aos munícipes "Defenda o que é seu"?
Talvez fosse mais correcto dizer "Defenda o que é meu e o PCP".

NÃO HÁ VERGONHA, NEM ÉTICA NA POLÍTICA.

3 comentários:

Anónimo disse...

Em 85 contribuiu-se para o início do regabofe do desperdício de dinheiro nas autarquias. Esta divisão de freguesias, orquestrada pelo Maia, destinava-se apenas e só para dar mais tachos aos camaradas. Com esta diminuição de freguesias a quem vai o Carlos Mendes dar consultoria? Isto assim não dá...para os chulos, claro. Para a população, que serve ter presidentes de junta que quando veêm lojas assaltadas, passam para o outro lado da rua para não terem de abordar os lesados? É um orgão com competeências tão limitadas que legitimamente se questiona a sua utilidade.

Anónimo disse...

Para desavergonhados e desavergonhadas metidos e metidas na política, quer seja governante ou autarca todos os meios justificam os fins.

Anónimo disse...

Esta-se a acabar a mama....