Fragata em decomposição

Em...Almada, parece que o que resta da Fragata D. Fernando II e Glória foi colocado em Cacilhas, num cenário nada consentâneo com a sua dignidade, para ali ficar e para que prossiga a decomposição, há algum tempo iniciada, pelos elementos da natureza sobre o natural desgaste e envelhecimento dos materiais, nos quais não se vê trabalhos céleres tendentes à recuperação, conservação e reabilitação urgente face às suas enfermidades, para permanecer como símbolo e ícone em museu, da presença portuguesa nos mares e oceanos. Chegará um dia que alguém dirá: "fizemos tudo que estava ao nosso alcance mas foi impossível salvar a Fragata D. Fernando II e Glória. Os elementos da natureza e os fungos foram mais poderosos do que nós."

Entretanto enganaram e iludiram muita gente e gastou-se dinheiro inutilmente.

Uma observação do local e espaço envolvente onde está alojada e da estrutura exterior, dá-nos ideia de um abandono real, confrangedor e da decomposição acelerada da madeira do seu casco e estrutura, pronunciador de um breve fim triste para a Fragata.

Um turista que se aproxime daquele cenário não vê quaisquer atractivos que o leve a visitá-la.

A área em redor é um espaço abandonado, descuidado, em decomposição, de ferro-velho, a que se junta um parque automóvel incaracterístico e despropositado para a presença de uma Fragata com grandes e nobres tradições navais.

Há material da Fragata que se encontra depositado no chão com sinais de ali se encontrar há muito tempo, abandonado à espera de um qualquer destino.

Parece que a Fragata foi ali colocada, por "boa vontade" oportunista da Câmara Municipal de Almada, para ser explorada facilmente por si, como bandeira de propaganda política, sempre que queira. A Presidente da Câmara e o seu braço da Cultura na vereação, citam-na muitas vezes para valorizarem e credibilizarem junto de algumas cabeças mais sensíveis, as suas intervenções demagógicas e acções de propaganda política.

O cenário envolvente em que a Fragata D.Fernando II e Glória está inserido é degradante, pobre, miserável, sujo, terceiro mundista e nada condizente com a sua história e tradições.

Trata-se de mais uma situação de claro oportunismo político consentido e tolerado, que não dignifica Almada nem a população almadense, contrariamente à mensagem que a Câmara pretende fazer passar.

Nota: recentemente já haviamos feito um "post" sobre a Fragata D. Fernando II e Glória. Uma observação mais por perto, levou-nos a voltar ao assunto, porque o claro oportunismo político dos autarcas almadenses está inflaccionado.