segunda-feira, maio 10, 2010

Fazer Oposição Corajosa, Digna e sem Medos...é preciso

Em...Almada, há felizmente quem seja capaz de fazer oposição com determinação, objectividade e sem medos, chamando a atenção para o caos a que o concelho tem sido votado por quem o tem governado desde Abril de 1974 contra os interesses da terra e das populações.
Reproduzimos abaixo, o importante Discurso proferido este ano, pelo Deputado Municipal do CDS-PP Fernando Sousa da Pena, um Almadense, na Sessão Comemorativa do 25 de Abril da Assembleia Municipal de Almada.
(Ilustração - Sessão das Cortes Constituintes de Portugal, em 1821)
Discurso na Sessão Comemorativa do 25 de Abril "Senhor Presidente da Assembleia Municipal Senhora Presidente da Câmara Municipal Senhores Vereadores Ilustres Convidados Senhores Deputados Municipais Estimados Cidadãos Estamos hoje aqui reunidos em nome da Liberdade. Ela é o maior dom que ao homem foi concedido e é indispensável à plena afirmação da sua dignidade. Com ela podemos questionar, concordar, exigir ou discordar. Com a Liberdade, a cada pessoa é reconhecido o direito de ajuizar, ainda que tantas vezes de modo defectível, sobre o seu próprio bem. Em Liberdade devemos poder escolher. E essa Liberdade exige que se garanta os meios mínimos de acesso à escolha e não, em nome dessa garantia, substituir ou impedir a escolha. Hoje celebramos o 25 de Abril da Liberdade. O 25 de Abril de homens honrados e patriotas como Salgueiro Maia ou José Sanches Osório. O 25 de Abril sem donos nem exclusivos. O 25 de Abril da vontade de mudança. O 25 de Abril da Democracia. Mas não celebramos as centenas de prisões arbitrárias, os mandatos de captura em branco, as pilhagens, as expropriações, os roubos, as perseguições, os saneamentos de pessoas e livros, as vinganças pessoais. Não celebramos um movimento terrorista que tomou o nome do 25 de Abril e cujas vítimas inocentes viram as suas sepulturas ultrajadas pela política e pela justiça de um país que tantas vezes não se leva à séria. [ver nota final] Como não celebramos aqueles que decidiram branquear páginas negras da nossa história. Aqueles que no período antes do 25 de Abril apoiaram regimes tenebrosos que deixaram na história da humanidade um rasto de dezenas de milhões de mortos. Aqueles que no período revolucionário procuraram instaurar em Portugal um Estado totalitário. Aqueles que no período democrático – que até ao fim procuraram deter – foram um travão ao desenvolvimento económico do país. Aqueles que tiveram a vitória política mais significativa numa tragédia em África. O texto do Programa do MFA sobre os Territórios Ultramarinos previa a sua autodeterminação através de referendos organizados pela ONU. A revisão marxista consistiu no abandono de brancos, pretos e mestiço, terras, armas e bandeiras, para pilhagem dos movimentos a mando soviético. As consequências foram as que se conhecem: milhões de vidas perdidas e um declínio económico dramático. A estes pretensos proprietários do 25 de Abril e de um alegado antifascismo que só eles conhecem, os democratas não têm nada a agradecer. E muito menos a celebrar. Senhor Presidente, vivemos hoje num país, e num concelho, em que esses mesmos que traíram a vontade de Liberdade de um povo persistem enraizados na estrutura do Estado e mantêm o discurso e os métodos, contemplando uma utopia em que o homem fique esvaziado da sua individualidade. Vivemos num país e num concelho onde há ainda muitos muros por cair. Vivemos num país em que os cidadãos não confiam na Justiça e em que a protecção assegurada aos criminosos assume patamares de indignidade. Não, este não é o nosso 25 de Abril. Vivemos num país e num concelho em que o poder do Estado e da Autarquia asfixia os cidadãos e as empresas em impostos, taxas, regulamentos e burocracia sem sentido. Num país e num concelho em que a Liberdade de ter iniciativa é ameaçada. Não, este não é o nosso 25 de Abril. Vivemos num país e num concelho em que a liberdade de escolha na educação e na saúde é uma realidade apenas para os que têm dinheiro para a comprar. Comprar a Liberdade... Não, este não é o nosso 25 de Abril. Vivemos num país e num concelho que não protege a família e a maternidade, e em que pessoas que entregaram a sua vida ao trabalho e aos outros terminam os seus dias abandonadas à pobreza e à solidão. Não, este não é o nosso 25 de Abril. Vivemos num concelho em que a criminalidade e o vandalismo tomam conta do espaço público, enquanto o município prefere perseguir cidadãos de bem com uma empresa municipal espúria. Não, este não é o nosso 25 de Abril. Vivemos num concelho em que os despojos da propriedade saqueada no PREC estão em grande parte abandonados, num concelho em que a paisagem, o património e a história são esmagados pelo poder do betão, sem memória e sem esperança. Não, este não é o nosso 25 de Abril. Vivemos num concelho em que muitas pessoas vivem em condições de vida indignas, em lugares entregues à lama e ao lixo, onde os transportes não chegam, que as autoridades ignoram, ao mesmo tempo que se gasta centenas de milhões de euros num Programa Polis inaceitável, que apenas alimenta clientelas. Não, este não é o nosso 25 de Abril. Vivemos num concelho em que a Autarquia ameaça agricultores que herdaram uma conquista notável dos seus antepassados e pretende arrasar o mais rico património natural do concelho em nome de uma estrada inútil e criminosa. Não, este não é o nosso 25 de Abril. Vivemos num concelho em que há medo de expressar opinião contrária porque o apparatchik partidário tomou conta do bem público, e em que a propaganda e os subsídios são armas de promoção partidária. Não, este não é o nosso 25 de Abril. Senhor Presidente, não basta celebrar a Liberdade e a Democracia. Porque uma democracia em que o poder corre em circuito fechado não é digna da herança que recebeu. De pouco vale celebrar a data da mudança de um regime se o vento continuar a calar a desgraça. Queremos hoje estar aqui a celebrar com o 25 de Abril a alegria de podermos tomar em nossas mãos a decisão e a Liberdade, até de errar o caminho. Como deveremos estar aqui a celebrar, no dia 10 de Junho, a aventura de um povo que se superou e partiu mundo fora numa epopeia inesquecível. Como deveremos estar aqui a celebrar, no dia 25 de Novembro, o fim de uma ditadura militar marxista e a abertura de uma nova esperança que falta cumprir desde 4 de Dezembro de 1980. E como deveremos estar aqui a celebrar, no dia 1 de Dezembro, o momento em que recuperámos uma pátria e uma bandeira. Este é um povo que tem uma história heróica, capaz de amar a Liberdade e tomar em mãos o seu destino. Terra de Santa Maria. Viva Portugal! NOTA: O parágrafo sobre movimento terrorista diz respeito às FP25, que usurparam a data para legitimar crimes de sangue. Este parágrafo gerou algumas interpretações equívocas, pelo que presto este esclarecimento."
Texto integral retirado de:

19 comentários:

Paulo Ataíde disse...

Apesar de concordar com algumas questões colocadas pelo deputado municipal Fernando Pena, e de admitir que é preciso coragem para dizer o que disse, não posso deixar de me espantar que ninguém se lembre de que o CDS nem sequer deveria estar presente naquelea sessão pois votou contra a sua realização e, a meu ver, deveriam ser coerentes com essa posição. Aliás, FP fez então questão de dizer que se deveria celebrar, também, o 25 de Novembro e essa sim, era a data mais importante.

Quanto ao facto de "oposição corajosa, digna e sem medos" ser apenas a do CDS, que pegou neste assunto das "Terras da Costa" e parece de mais nada saber falar (servindo este tema para todas as críticas possíveis e imagináveis seja à Presidente da CM ou aos restantes partidos representados na AM e na vereação), é ir atrás da demagogia do discurso fácil e não querer ver o que, além das intervenções na AM, se faz para desmascarar muitos outros assuntos, nomeadamente ao nível dos recursos humanos (aquele que, sem dúvida, é o "calcanhar de aquilies" da gestão CDU na CMA).

Neste blogue, não lhe retirando o mérito pela denúncia de algumas situações graves, não considero que a coragem do seu "gestor" ou a da maioria dos comentadores "de meia tigela" que por aqui passam (escrevendo, quase sempre, aleivosias) seja algo de louvar até porque são, salvo raras excepções (como o deputado FP que , esse sim, dá a cara pelo que defende (e concorde-se ou não com o que diz, há que reconhecê-lo), mesmo que assinem com um nome e apelido não deixam de ser anónimos (até eu próprio, conenhamos, mas assumo-o e não me vangloreio de temerário).

Assim é fácil criticar, dizer mal apenas por dizer, como se tudo fosse negro e todos uma cambada de inúteis. Salva-se, com certeza, o ilustre gestor do blogue e, agora, o FP. Mas que esta atitude é bastante parcial, é. Que este comportamento fica a dever muito à seriedade, fica. Por isso, duvido que Almada ganhe alguma coisa com este tipo de oposição febril, negativa, obsecada, mentirosa e desajustada.

Passem bem.

Paulo Miguel Ataíde

JGR disse...

Só Fernado Pena e a oposição do CDS-PP poderão salvar Almada.
Os outros partidos políticos e líderes já mostraram o que são com quem estão.

Excelente intervenção.
O Sr disse o que a população de Almada sente.
Disse o que os outros PSD BE e PS não são capazes de dizer, porque estão debaixo das saias da Presidente da Câmara, na mão do Presidente da Assembleia Municipal e fazem o jogo dos cifrões das direcções partidárias.

Bravo.

VascoV disse...

A forma e sobretudo o teor do discurso de Fernando Pena incomodou seriamente Emília e suas marionetas.
Foi visível, sentiu-se.
Nenhum dos chamados oposicionistas se manifestou positivamente.
Limitaram-se a ver, ouvir e calar.

Anónimo disse...

Sinceramente não creio que a czarina se tenha sentido incomodada. A maneira de estar dos comunas tradicionalmente não se incomoda com muita coisa, sentem-se como um comboio que segue em frente arrastando ou esmagando, para eles tanto faz.
O sofrimento nas purgas estalinistas, na separação de familias na viagem para os gulags, o assassinio das elites polacas em Kalin, o livro vermelho de mao tse, o assiassinio em massa dos kmers vermelhos, as perseguições da coreia do norte, os passeios das mulheres de branco em cuba,..., que é que verdadeiramente incomoda os comunas?
A resposta é terrívelmente simples:
A liberdade de pensamento, expressão, inicativa, a independencia do partido, isso sim incomoda-os; incomoda-os que não se lhes peça autorização, indicação de direcção, licença, favor, vénea!
Só as pessoas realmente independentes podem fazer frente a esta locomotiva e, isso, incomoda sim senhor.
Oliveira

EMALMADA disse...

Oliveira
Creio que ela e cúmplices (muitos) sentiram a "ferroada" e de que maneira.
Não estavam habituados.
Realmente só quem não está comprometido com esta gente a pode incomodar.

Sua análise é concisa e excelente.

Anónimo disse...

A Presidente saiu da sala de cabeça perdida durante o discurso, seguida de alguns fieis comunistas. É o seu espírito democrático.

Anónimo disse...

Paulo Ataíde, a sua mensagem decalca os blogs do Bloco de Esquerda, pelo que se percebe bem donde vem. E vem dum partido que faz críticas em português suave e votações decisivas ao lado desta câmara. Por isso se percebe o seu incómodo com quem sabe fazer oposição com coragem e sem interesses escondidos.

JF

Anónimo disse...

Não estavam habituados a oposição.
sim o bloquinho de esquerda faça um exame de consciência pois é o CDS que até a parte deles tem de fazer.
Ao que isto chegou....
Sr. Luis Filipe não acha que isto já é demais.....? Reflicta.

CDS são a revelação pela positiva desta Oposição amarrada aos tachos na Ecalma e no MST.

Anónimo disse...

Se os tachos fossem só esses...

Bolota disse...

“Não, este não é o nosso 25 de Abril. “

Drº Pena,

Acredito que não seja mas já agora qual é o seu 25 de Abril?? Eu quase que adivinho qual é…mas vou aguardar a sua resposta, já que ao ler e reler o seu eloquente discurso não consegui vislumbrar qual é.

Paulo Miguel Ataíde,

É preciso coragem e ainda não sei como não foi enxovalhado ou será que os tontos perceberam que não é com vinagre que se apanham moscas???

Jorge disse...

Em almada passarei a votar no SR. Fernando Pena, o único opositor à ditadura fascista/MES de Almada. Conte com o meu voto daqui a 3 anos. menos um para a CDU/Almada/PS/PSD

Jorge disse...

Quem foram os facínoras que sairam com a imilia. gostava de saber os nomes desses canalhas chulos da classe operária.

Anónimo disse...

Sr Bolota, o Dr. Fernando Pena não foi nem será enxovalhado porque os que o querem enxovalhar são apenas uma meia dúzia de tachistas e que não espelham de todo o sentimento dos Almadenses e no dia que o enxovalharem sabem que têm o CDS em cima deles tal como Almada.

Boa noite.

Fernando Sousa da Pena disse...

Não queria muito intervir neste post, por razões óbvias. Mas não posso deixar de notar o primeiro comentário, que ressalva que o grande problema deste executivo são os recursos humanos. Pois não posso concordar.

Efectivamente, num concelho em que a estratégia definida em sede de PDM é o betão (com estudos universitários a comprovarem este facto de modo inequívoco), em que há problemas graves de ordenamento do território, preservação do património e da paisagem, urbanismo, ambiente, segurança, bem-estar dos idosos, delinquência juvenil e manipulação dos eleitores através da propaganda e de uma rede de dependências, e sobrecarga dos munícipes através de taxas, impostos e de uma empresa municipal escandalosa, não percebo como é que alguém que se preocupe com o futuro de Almada se centra unicamente nos recursos humanos e faz disso cavalo de batalha em todas as ocasiões.

Parece-me que, sendo efectivamente mais um problema deste executivo, atinge muito menos os cidadãos e a sua qualidade de vida. Agarrar só nisso, como o BE, é fingir que se faz oposição enquanto se aprova com estranha cumplicidade os projectos e documentos fundamentais desta câmara, tão lesivos para Almada.

Quanto às Terras da Costa, à Paisagem Protegida e à Reserva Botânica bem pode contar com a continuação da nossa luta. Que consiste em muito mais do que discursos, como atestam estudos, parcerias, requerimentos parlamentares e apoio incondicional da estrutura nacional do partido.

Além disso, está em causa a vida e o modo de subsistência ancestral dos agricultores e das suas famílias.

Não está em causa um punhado de votos. É só uma questão de cidadania.

João Salvado disse...

Há uma pessoa lúcida na política que se faz no concelho de Almada.
Essa pessoa é o cidadão Fernando Sousa da Pena.
Ainda bem que no deserto da oposição local, Almada pode contar com alguém,com ele para as próximas eleições autárquicas.

Just in case disse...

Fica a sensação de que o BE apenas sabe falar de assuntos relacionados com os Recursos Humanos.
E o resto meus caros? E o resto?

Anónimo disse...

O BE é o cúmplice da Maria Emília..... Como alguém já aqui perguntou: É então Luis Filipe??
Desilusão....

munícipe piedense disse...

Deixemo-nos de tretas e de conversa estéril.
A única oposição em condições democráticas e com pertinencia que se faz em Almada é de Fernando Sousa da Pena e do CDS que a fazem.
Os outros partidos, que partidos políticos ! fazem negócios e conivencias com a MES e a Câmara Municipal de Almada.
Ao PS e ao PSD os negócios falam mais sonoramente, ao BE INTERESSA AOS ELEITOS O PROTAGONISMO COMO SUPOSTA ESQUERDA INTELECTUAL ESCLARECIDA, DIFERENTE E MAMANTE DA TETA MUNICIPAL, isto é do dinheiro de todos nós.

o RESTO, BEM O RESTO ...SÓ É PRECISO CONTINUAR A ENGANAR O POVINHO INGÉNUO.

CDS partido de direita?

Tenham juízo esquerdista frustrados.

O CDS é o único partido que defende Almada e munícipes.

O resto é vazio político.

Próximas eleições Almadenses têm um candidato franco e lutador por Almada, de corpo inteiro: FERNANDO SOUSA DA PENA.

Os comunas serão definitivamente desalojados.
Vamos à luta por Almada livre limpa de capitalistas oportunistas- os comunistas da CMA e seus lacaios.

Anónimo disse...

Economia | PNR repudia conspiração do "Bloco Central" contra os portugueses
13-May-2010
As negociações que PS e PSD estão a encetar, num perfeito entendimento de Bloco Central, configuram mais um grave atentado à dignidade e aos direitos dos portugueses.

O PNR rejeita em absoluto que os portugueses sofram ainda mais as consequências das políticas desastrosas do Bloco Central (PS e PSD-CDS), que são os grandes responsáveis pelo estado de bancarrota a que chegámos. Não podemos tolerar que se continuem a trilhar políticas de obediência cega a uma EU que só nos tem manietado, imposto regras e prejudicado. Não podemos consentir que a corrupção campeie impune no quotidiano da nossa administração pública. Não podemos consentir que o estado sugue os recursos nacionais em políticas despesistas e terceiro-mundistas. Não podemos consentir que a lógica capitalista continue a tratar as pessoas como números e parcelas de uma equação.
Não podem ser as pessoas, altamente endividadas e empobrecidas, a pagar os vícios de uma classe dirigente e os erros de um Estado macrocéfalo!

O PNR rejeita vigorosamente o novo crime que querem cometer contra os portugueses com o aumento do IVA e com a redução no 13ª mês e aponta as soluções que passam:

> pelo corte drástico no despesismo do Estado,
> pelo fim das mordomias e salários principescos dos dirigentes,
> pelo fim dos tachos a perder de vista,
> pelo corte nos subsídios e “apoios” a quem não merece.

A solução passa por correr com esta classe política de ladrões, corruptos e inúteis|

Basta de vergonha e roubo! Não podemos ficar passivos perante tal atentado!

Comissão Política Nacional
12 de Maio de 2010